sábado, 16 de março de 2013

Eu de tarde


Imagem: web

Por muitas vezes em minha vida
Já fiquei assim,
Assim só comigo,
Bem por dentro dela.

Talvez nem tão sendo eu,
Me olhava mas não me via.
Mesmo em longas tardes livres,
Frescas e ensolaradas,
Azuis e cheirosas,
Eu me olhava e não me via.

Alguns pensamentos me aconteciam.
O que farei?
O que eu faria com tanto tempo?
Eu poderia ler, escrever...
Nobre escolha.

Pensava em organizar todas as coisas,
Coisas essas que acertadamente
Já fora providenciadas pelas horas.
Longas horas de paz.
Qualquer que fosse a aflição
Elas não me prendiam, ao contrário,
Me deixavam bem livre.

Periantos de sensações
Me lembram que a vida é isso:
Um cochilo na tarde,
Um leve beijo de amor
Que sinto bem
No toque de cada brisa,
Que me acaricia e tranqüiliza.

É o dia acreditando em mim,
Me dando de graça e com graça
O prazer doce de estar aqui ou em qualquer lugar
Apenas lendo, escrevendo e sendo.

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