sexta-feira, 29 de março de 2013

Tarde a lá Clarice

imagem: web


















Céu imenso,
Com cara de virgem corada,
Passiva, vendo os dias correrem.

Ar rosado, uma paz leve...

Fim de tarde na louca metrópole.
Tem mar, tem luzes, tem ar,
Um imenso horizonte azul
Com suas ondas, águas testemunhais.
Há palavras majestosamente arranjadas,
Eternizadas aqui em mim, num sentir.

Ah Clarice!
Desabrocha!
Cada vírgula, beleza imaginativa.
Um fio de vidas... 
Nessa tênue tarde,
Cada elemento cabe imenso em si,
Poetizando esse lugar no tempo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lançamento do livro "Caçadores de risos - o maravilhoso mundo da palhaçaria" de Demian Reis

É com orgulho que divulgo aqui em minha página o lançamento do livro "Caçadores do risos - o maravilhoso mundo da palhaçaria de Demian Reis. =)
Tenho acompanhado seu esforço e trabalho nas edições, formatação, normalização e infinitas revisões do texto do livro; para compartilhar com o público sua pesquisa, seu amor pela arte do palhaço.
Este lançamento simboliza o fechamento de um ciclo, a abertura de outros.
Desejo que seu caminho artístico-poético continue repleto de luz, meu amor!


Para celebrar o Marco do Circo e do Teatro, confira o Conversas Plugadas com Demian Reis e o lançamento do livro “Caçadores de Risos – o maravilhoso mundo da palhaçaria”.
SERVIÇO:
Conversas Plugadas com Demian Reis e o Lançamento do livro “Caçadores de Risos – o maravilhoso mundo da palhaçaria” (Edufba)
Data: 27 de março (Celebração do Marco do Circo e do Teatro)
Horário: 20h
Local: Sala do Coro do TCA
Informações: www.demianreis.blogspot.com
GRATUITO
** Preço promocional do livro no dia do lançamento: R$ 35,00 ** 


RELEASE

Fruto da pesquisa de doutorado em Artes Cênicas no PPGAC/UFBA de Demian Reis, o livro traz como foco a arte do palhaço através de seu aspecto dramatúrgico. O trabalho artístico dos palhaços envolve a prática de uma verdadeira usina de procedimentos da dramaturgia que variam conforme o artista, sua tradição, seu espetáculo, e seus efeitos produzem outros tantos sentidos a partir da recepção da plateia de cada apresentação. Trata-se de assunto complexo, controverso e fascinante que nos obriga a enxergar, numa forma de arte que, quando bem executada, chega a nós, espectadores, como um acontecimento tão simples, banal, bobo e besta, que dificilmente acreditamos que sequer há trabalho por trás desse efeito cômico. Riso, ações cômicas, história do palhaço e, sobretudo, exemplos da palhaçaria no cenário atual são os principais tópicos discutidos nesse livro.
O livro “Caçadores de Risos – o maravilhoso mundo da palhaçaria” (Edufba) dá sua contribuição para fomentar o diálogo, o debate e a reflexão sobre a arte do palhaço e seres que se dedicam ao riso, abordando temas relevantes a estes profissionais, diferentes perspectivas e uma diversidade de frentes de atuação. Que estas vertentes, os seus profissionais, assim como seus pesquisadores possam ser vistos e que um público mais amplo possa ter acesso à extensão da abrangência, existência e resistência desta arte tão viva ainda hoje.



Breve biografia do autor

Demian Moreira Reis, nascido em Salvador, é ator, palhaço, diretor e pesquisador. Bacharel em História pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e mestre e doutor em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA. Foi professor visitante do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da UFBA e Bolsista de Pós-doutorado do CNPq.
Foi co-fundador do grupo Palhaços Para Sempre, em 2000. Criou, dirigiu e atuou em diversos espetáculos e esquetes de palhaçaria, entre os quais Ato de Clown, Tataravó, A Dama e o Palhaço e Lavando a Alma. Dirigiu vários Cabarés Artísticos e o espetáculo teatral Rosário.
Ministrou oficinas, cursos e vivências de palhaçaria em várias cidades da Bahia, entre as quais Salvador, Pintadas, Arraial da Ajuda, Ilhéus, Vitória da Conquista, Jequié, Feira de Santana, Euclides da Cunha, Santa Maria da Vitória, Jacobina, Conceição do Coité, Alagoinhas, Camaçari, Morro do Chapéu e Porto Seguro e em circos itinerantes.




Super recomendo!

domingo, 24 de março de 2013

Das inspirações de ontem e de hoje

Essa música, me inspira desde o ontem, até o amanhã. Já a ouvi várias vezes, em momentos distintos de minha vida, hoje ouço novamente... ela me fala de segredos e ansiedades de minha alma hoje, nesse instante. De não saber ao certo, mas de sentir que o caminho é este que esboço. Que cada investida, cada grão, cada semente vale a pena na construção do que virá a ser. Como é possível isso? Uma música, uma obra atravessar o tempo e fazer dele o cenário para suas significações? Isso me inspira, essa força e sinceridade na criação, que fazem a qualidade de um artista ultrapassar sua excelente voz e beleza - A consciência.

Deixo aqui este vídeo como um presente-inspiração, espero que gostem! A letra também, para compor essa experiência poética-audiovisual. 

  boa viagem  



O que será
(Milton Nascimento e Chico Buarque)
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

imagem: web


sábado, 16 de março de 2013

Eu de tarde


Imagem: web

Por muitas vezes em minha vida
Já fiquei assim,
Assim só comigo,
Bem por dentro dela.

Talvez nem tão sendo eu,
Me olhava mas não me via.
Mesmo em longas tardes livres,
Frescas e ensolaradas,
Azuis e cheirosas,
Eu me olhava e não me via.

Alguns pensamentos me aconteciam.
O que farei?
O que eu faria com tanto tempo?
Eu poderia ler, escrever...
Nobre escolha.

Pensava em organizar todas as coisas,
Coisas essas que acertadamente
Já fora providenciadas pelas horas.
Longas horas de paz.
Qualquer que fosse a aflição
Elas não me prendiam, ao contrário,
Me deixavam bem livre.

Periantos de sensações
Me lembram que a vida é isso:
Um cochilo na tarde,
Um leve beijo de amor
Que sinto bem
No toque de cada brisa,
Que me acaricia e tranqüiliza.

É o dia acreditando em mim,
Me dando de graça e com graça
O prazer doce de estar aqui ou em qualquer lugar
Apenas lendo, escrevendo e sendo.

domingo, 10 de março de 2013

Alternatividade pessoal num universo infinito


imagem: web

Por um supremo desejo
Tenho pensado, navegar é preciso.
Nas marés de ondas furta cor, céu translúcido em cores verdejantes, clarão.
Sou navegante.
Em movimento me vem uma verdade que acalma as pulsações que ficam fora.
O quão vale a pena o quinhão de sol que buscamos todo dia, na fila do ônibus, na afobação das obrigatoriedades.
Que beleza a sensibilidade,
Feita de transgressão, partilha, alternativa.
A luz pela fresta.
Um salve aos orixás, aos espíritos de luz que nos acompanham em nossa transição.
Filhos de luz, a paz.
Bem já vi que desde antes, ali eu já era o que sou hoje.
Não é por acaso essa alternatividade que se manifesta.
Busco ser essencialmente livre.
Além.
Os seres de luz que me aparece na vida, os encontros que significam este lugar,
O caminho brilhoso, feito à natureza.
Quero cantá-la, dançá-la em agradecimento.
Reverenciar os momentos, fluidicamente feito sons de passarinho.
Alternatividade, voltagem.
Sinto coragem.

quinta-feira, 7 de março de 2013


{{{ Rosa, menina Rosa }}}
< vem que eu quero ver você dançar >

 Sim, eu vou, estou indo, abrindo as asas, farejando o caminho... tem uma miscelânea de pistas desenhando a rota! Ela rosa, verde púrpura, vermelho, amarelo-laranja... O Sol se põe em mim, assenta a poeira de outrora. Mistura, conjuga o verso, o verbo de peneirar e dar forma. Sigo dançando, entrando e saindo.